Realizou-se no dia 30 de setembro uma peregrinação a Balasar com o objetivo de conhecer melhor a vida e os espaços onde viveu a Beata Alexandrina da Costa, Salesiana Cooperadora, beatificada a 25 de abril de 2004, pelo Papa S. João Paulo II.
Esta peregrinação foi organizada pela Associação dos Salesianos Cooperadores de Arouca e nela participaram 64 pessoas, entre Salesianos Cooperadores e amigos da Obra Salesiana.
A peregrinação teve início com o acolhimento, no Centro Internacional Salesiano de Espiritualidade, coordenado pela Salesiana Cooperadora Maria Rita Scrimieri, que dirigiu a todos palavras de boas-vindas e acompanhou os peregrinos pelos diversos espaços referentes à Beata Alexandrina da Costa.
O primeiro espaço visitado foi a casa onde viveu e morreu Alexandrina, a 13 de outubro de 1955. Esta visita, em pequenos grupos, foi antecedida de uma explicação – conduzida por Maria Rita – sobre vários aspetos da sua vida mística. Houve ainda tempo para descobrir o jardim da casa, um espaço muito acolhedor e repleto de informação, com painéis muito bem esquematizados, sobre os principais aspetos da vida Beata.
A capela da Santa Cruz
Após o almoço, muito bem servido no refeitório do Centro Internacional Salesiano, os peregrinos continuaram a sua visita guiada a outros espaços relacionados com a Beata Alexandrina.
Um desses espaços foi a capela da Santa Cruz, próxima da igreja paroquial, e onde em 1832, no dia do Corpo de Deus (21 de junho), terá aparecido uma grande cruz desenhada na terra. Mesmo após várias tentativas para a esbater, não conseguiram apagá-la do chão, tendo posteriormente sido edificada, sobre ela, a atual capela da Santa Cruz.
Acredita-se que tal milagre terá sido um sinal de Deus a preparar esta comunidade para a mensagem da futura beata, cuja vida mística foi um permanente apelo à conversão e ao arrependimento, tal como ficou registado nos seus numerosos escritos.
O túmulo da Beata Alexandrina.
Depois da explicação sobre a origem desta capelinha e da sua ligação à vida de Alexandrina, os peregrinos arouquenses visitaram o cemitério paroquial onde esteve sepultada Alexandrina e cujos restos mortais foram trasladados para a Igreja Matriz, em 1977.
Foi perante este túmulo que o grupo arouquense terminou a sua digressão pelos diversos espaços, tendo aí sido rezada, coletivamente, a oração para a sua canonização e em cujo processo estiveram envolvidos dois sacerdotes salesianos, o Pe. Humberto Pasquale e o Pe. Heitor Calovi.
A peregrinação terminou com a celebração vespertina da Eucaristia dominical, presidida pelo pároco de Balasar, Pe. Manuel Neiva.
Além de uma jornada de salutar convívio entre todos, esta peregrinação foi, sobretudo, um excelente momento de enriquecimento cultural e espiritual para todos os que nela tiveram o privilégio de participar.
Texto e fotos: José Cerca