Estamos a terminar mais um ano pastoral!
Um pouco por todas as comunidades vão-se encerrando as atividades. O verão está a chegar e, com ele o tempo oportuno para abrandar, avaliar e de certa maneira saborear os frutos de mais um ano pastoral. Um ano atípico, sem dúvida, mas desafiante. Sempre com a certeza de que Deus nos acompanha e no seu Espírito continua a fazer «novas todas as coisas”. Penso que devemos tirar coisas boas, apesar das dificuldades, de tantas mortes, e incertezas que passamos e das dúvidas que ainda teremos pela frente. Mesmo sem sair de casa fizemos muitas coisas. De forma espontânea e generosa promoveram-se transmissões de celebrações, vivemos momentos formativos, rezámos para o nosso crescimento como pessoa vocacionada, como homens e mulheres de fé.
Não foi um ano perdido, foi um ano de crescimento, em que aproveitámos as oportunidades que nos foram dadas. Podemos considerar que foi um ano rico, na medida em que mostrou a possibilidade de nos reinventarmos. Foi o regresso da “Igreja doméstica” que dominou nos primórdios da Igreja com bem menos meios de comunicação. Temos de estar atentos para dar respostas adequadas a cada momento, mas sem desistirmos do objetivo de evangelizar, catequizar e celebrar a nossa fé, vivendo o carisma com os instrumentos que nos for possível utilizar. D. Bosco, acompanhar-nos á sempre.
Não imaginávamos que a pandemia poderia ser um facto no nosso tempo. É neste contexto, no meio de perturbações e dificuldades, que nos apercebemos de muitos sinais de Deus. Os sinais foram imensos em tantas pessoas que enfrentaram o medo para trabalhar e cuidar de vidas humanas.
Foram muitos os grupos que encontraram novas formas de manter o acompanhamento e o apoio aos mais desprotegidos. A fé e a esperança caminharam juntas. É assim, a Família Salesiana! Sempre atenta, e disponível. É assim o Salesiano Cooperador, que no seu trabalho educativo promove um ambiente familiar em que o diálogo constante, a presença animadora, o acompanhamento pessoal e a experiência de grupo ajudam a perceber a presença de Deus (cf. PVA, Estatutos, Art.º 10, n.º 2).
São momentos que nos fazem sentir que não nos faltam oportunidades para evangelizar. Basta que tenhamos aquele ardor missionário que impele a procurar quem, como, quando e onde… a procurar os corações sedentos de Deus e apresentando, como trave mestra da nossa evangelização, a vivência coerente daquilo que se anuncia e em que se acredita. Não basta fazer planos, é preciso evangelizar com a vida.
Agora, o Senhor sabe que precisamos descansar para nos recompor, restaurar as forças físicas e espirituais para nos darmos mais àqueles que tanto necessitam. Vamos para férias, sem espaço para colocar Deus de `férias´.
Preparemos estes dias com calma e peçamos ajuda ao Senhor para que não só não O esqueçamos, como andemos mais acompanhados por Ele. Sobretudo, deixemos que Ele entre com facilidade no nosso coração.
Boas férias para todos!
Maria José Barroso
Coordenadora Provincial ASC