O Papa Francisco apresentou, recentemente, a sua mensagem para a XXXVIII Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar, no próximo dia 26 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei.
Ainda no rescaldo do encontro que se realizou, em Lisboa, de 1 a 6 de agosto, Francisco convida, agora, os jovens a serem “testemunhas de esperança mesmo no meio da maldade humana mais cruel”.
Recordando o encontro que se realizou, de 1 a 6 de agosto, e que juntou, em Lisboa, mais de 1,5 milhão de jovens de todo o mundo, o Papa Francisco enviou, recentemente, uma mensagem aos jovens, na qual voltou a elogiar a organização da JMJ Lisboa 2023.
Para a mensagem da XXXVIII Jornada Mundial da Juventude, Francisco escolheu como tema «Alegres na esperança» (Rm 12, 12) e, por isso mesmo, afirma: “quero falar convosco das nossas alegrias e esperanças, mas também das tristezas e angústias dos nossos corações e da humanidade que sofre”.
Identificando os jovens como “esperança jubilosa duma Igreja e duma humanidade sempre a caminho”, o Sumo Pontíficie reforça a ideia de que a juventude é “um tempo de cheio de esperanças e sonhos, alimentados pelas realidades belas que enriquecem a nossa vida”. Contudo, e na sua pinião do Papa Francisco, vivemos um tempo em que, para muitos jovens, a esperança parece ser a “grande ausente”. “Infelizmente muitos dos vossos coetâneos, que vivem experiências de guerra, violência, bulling e várias formas de mal-estar”, sublinha o Papa e, por isso mesmo, veem-se afligidos pelo “desespero, o medo e a depressão”.
Qual a resposta dos jovens a estes tempos de sofrimento?
Segundo Francico, os jovens podem ser “uma parte da resposta de Deus”, ajudando todos quantos estão a passar por experiências de sofrimento e angustia. “Criados por Ele à sua imagem e semelhança, podemos ser expressão do seu amor que faz nascer a alegria e a esperança, mesmo onde parece impossível”, conclui.
Para alimentar a esperança, de forma a poder partilhá-la com tantos outros, é necessário deixar-nos envolver pela “suave brisa do Espírito Santo”. Por outro lado, a esperança é também alimentada pela “oração”. “Rezar é como subir a grande altitude: quando estamos na terra, muitas vezes não conseguimos ver o sol, porque o céu está coberto de nuvens. Mas se subirmos acima das nuvens, envolvem-nos a luz e o calor do sol; e, nesta experiência, encontramos a certeza de que o sol está sempre presente, mesmo quando tudo se apresenta cinzento”, concluiu o Papa.
A esperança é, também, alimentada pelas “nossas opções quotidianas”. Assim, o convite que São Paulo dirigiu aos cristao de Roma, para serem “alegres na esperança”, é o mesmo que, hoje, Francisco quer fazer aos jovens: “exorto-vos a escolher um estilo de vida baseado na esperança”. O Papa vai mais longe e, nesta sua mensagem, deixa exemplos muito concretos: “nas redes sociais, parece mais fácil compartilhar notícias más do que notícias de esperança. Assim deixo-vos uma proposta concreta: tentai compartilhar cada dia uma palavra de esperança. Tornai-vos semeadores de esperança na vida dos vossos amigos e de quantos vos rodeiam”.
No final da sua mensagem, o Papa Francisco deixa um desafio: “queridos jovens, não tenhais medo de partilhar com todos a esperança e a alegria de Cristo Ressuscitado! A centelha que se acendeu em vós, conservai-a, mas, ao mesmo tempo, comunicai-a: dar-vos-eis conta de que ela crescerá! A esperança cristã, não a podemos guardar para nós, como um belo sentimento, visto que se destina a todos. Aproximai-vos em particular dos vossos amigos que talvez aparentemente sorriam, mas por dentro choram, carentes de esperança”.