Encontro de Antigos Alunos de D. Bosco: evocação, louvor e agradecimento 

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Integrado no 60º aniversário do Santuário Nacional de Nossa Senhora Auxiliadora, realizou-se no dia 1 de julho o encontro nacional de Antigos Alunos de D. Bosco, na Casa Salesiana de Mogofores.

Depois do mútuo abraço de acolhimento de cada um dos que iam chegando ao pátio do colégio, vigiados pela altaneira torre do Santuário, os participantes reuniram-se num dos auditórios do colégio salesiano, infelizmente, há um ano sem utilização escolar, devido ao seu encerramento.

Aí, o diretor cessante, Pe. José Fernandes, deu as boas-vindas a todos os presentes, seguindo-se uma breve mensagem de reflexão transmitida pelo delegado nacional da Família Salesiana, Pe. Joaquim Taveira. Nessa reflexão, o delegado cessante referiu que os Antigos Alunos são, antes de mais, pertença da Igreja, à qual todos nós pertencemos, e salientou o amor que D. Bosco sempre teve à Igreja e ao Papa, amor esse que quis transmitir aos seus Salesianos.

Seguidamente, Celso Nogueira, na qualidade de presidente da Federação Portuguesa dos Antigos Alunos de D. Bosco, dirigiu, também, uma breve mensagem a todos os presentes e apresentou o plano dos projetos da Federação.

Memórias do Santuário

Após este momento formativo e informativo fez-se um regresso ao passado, evocando memórias pela passagem por esta casa salesiana, muitas das quais incidiram na construção e na sagração do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, há 60 anos e ao qual muitos dos presentes ficaram ligados para sempre. Um belo santuário que terá, certamente, marcado a espiritualidade daqueles que por lá passaram.

Voto de louvor

Este momento evocativo serviu, também, para relembrar a figura de um antigo aluno de D. Bosco, o Comendador Agostinho Santos, grande empresário, já por diversas vezes distinguido, mas que não pôde estar presente por motivos de saúde de sua esposa.

Coube ao juiz Jorge Santos apresentar um breve percurso da sua caminhada até chegar ao mundo empresarial criando e dirigindo a empresa “Metalúrgica”, em S. Martinho do Campo.

O seu trabalho mereceu-lhe o título de Comendador concedido pelo governo Cavaco Silva. A “Metalúrgica” andou nas televisões, ultimamente, porque distribui 50% dos lucros pelos trabalhadores. Exporta 97% da produção, até para o Japão. Em tempos teve o exclusivo dos bonecos da Disney. Só neste ano mereceu já o prémio Caixa Top 22 (concedido às melhores empresas) e o Cotec 2023 por atingir “elevados padrões de inovação, solidez financeira e desempenho económico”. Perante tudo isto, foi proposto um voto de louvor pelo sucesso empresarial deste antigo aluno “marcado pelo espírito de D. Bosco” e que foi aprovado por uma longa salva de palmas.

A Eucaristia

Em espírito de ação de graças, pela existência deste Santuário mariano que, desde há 60 anos, tem sido espaço de oração, reflexão, de culto litúrgico e de evangelização, teve lugar o momento central deste encontro, com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Delegado Nacional da Família Salesiana e que foi musicalmente animada por Jorge Santos, Manuel Genciano e Manuel Cardoso Leal.

Os 60 anos de vida desta Santuário já revelam algumas fragilidades, nomeadamente, na sua cobertura que já necessita de ser substituída. Por isso, a organização deste encontro lançou uma campanha para angariação de fundos para esse efeito. E no momento do ofertório o produto dessa recolha foi colocado no cestinho das ofertas, totalizando a verba de 1910 euros, destinada para esse fim.

Feira do livro de autor

Uma das inovações deste encontro foi a realização de uma pequena feira do livro, com a exposição de diversos títulos publicados pelos respetivos autores. Desde a prosa à poesia, da crónica à ficção, da história à reflexão, vários foram os títulos aí presentes e que, após a sua apresentação, foram vendidos, permutados, ou oferecidos, conforme a decisão dos respetivos autores. Houve mesmo quem tenha canalizado o produto das vendas dos seus livros para a campanha a favor da nova cobertura do santuário.

A feira do livro foi antecedida de um momento musical, recordando melodias do passado, cantadas ainda com a juventude de espírito de todos os que se sentem “marcados pelo espírito de D. Bosco”.

José Cerca