Celebrámos, no passado dia 20 de fevereiro, os santos Francisco e Jacinta Marto.
Estas duas crianças, que a 19 de agosto de 1917 viram Nossa Senhora, na Cova da Iria, viviam uma vida simples, mas com grande heroicidade. A vida destas duas crianças, de tão tenra idade, estava completamente centrada em Deus e naquilo que Deus esperava de cada um. Para os pastorinhos, “o coração da Senhora era o Santuário do seu encontro com Deus (…)”, tal como foi referido, em Fátima no Centenário das Aparições.
Na sua espiritualidade, Francisco e Jacinta fizeram a síntese daquilo que a Igreja é continuamente chamada a ser: contemplativa e compassiva.
Francisco: adoração e contemplação
Sempre que podia Francisco refugiava-se num lugar isolado para rezar sozinho. Depois de longas horas a rezar, o pastor compadecia-se com o sentimento de um Deus entristecido perante o sofrimento do mundo – e haverá imagem mais atual, face ao momento que, infelizmente, o mundo está a testemunhar? -, sofria com Ele, desejava consola-Lo. Francisco deixou-se habitar pela presença indizível de Deus, vivendo, assim, uma vida de fé e uma vida de contemplação de Cristo.
Jacinta: generosidade da fé
Vivendo uma vida simples de menina, Jacinta não se esquecia nunca de agradecer, cada dom, a Deus. Expressando, frequentemente, o desejo de partilhar o amor que sentia pelos corações de Jesus e de Maria e que a fazia crescer no cuidado pelos pecadores, para Jacinta tudo era motivo de oferta a Deus pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre – até a sua própria doença. Nas suas memórias, a prima Lúcia recordou que para Jacinta, rezar e sofrer por amor “era o seu ideal”.
Que, a exemplo dos irmãos, São Francisco e Santa Jacinta Marto, a quem Nossa Senhora de Fátima apareceu, possamos pedir a intercessão dela, para que, como eles, alcancemos a santidade em nossas vidas. E, num momento tão difícil, em que nos chegam imagens e relatos de um conflito sem nexo, que apenas tem como propósito tirar vidas, que tal como nos recordou o Papa Francisco, a Rainha da Paz possa preservar o mundo da “loucura da guerra”.
São Francisco e Santa Jacinta Marto, rogai por nós!
Patrícia Madeira
Vogal para a Comunicação dos SC