FS | Em contexto de Unidade

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Chegados a esta altura do ano pastoral, a Família salesiana apresta-se a fazer a revisão da sua vida como família inserida no contexto apostólico do carisma salesiano. Certamente é um trabalho que não ficará esquecido por ser habitual e essencial ao dinamismo espiritual de cada Centro. Dentro de pouco se começará também a pensar numa nova programação pastoral à luz das orientações emanadas pela vida da Igreja e da Província Salesiana à qual pertencemos.

No conceito de família que somos cabe uma realidade que convém ter sempre em conta: precisamente o sermos família e família organizada. Não somos franco atiradores, exibindo a nossa genialidade à margem da unidade na acção pastoral e apostólica. Temos metas comuns a alcançar, objectivos comuns a conseguir, programas a concretizar, metas, objectivos e programas pensados, elaborados e discernidos em família. Vivemos em contexto de Igreja, nós filhos da Igreja para a qual Jesus pediu ao Pai a unidade de vida e acção que tornasse credível e eficaz, pastoralmente, o amor entre todos. D. Bosco percebeu isto magistralmente e inculcou-o no coração dos seus filhos: o amor de D. Bosco à Igreja e ao Papa não eram um piedoso sentimento seu, mas uma convicção profunda a qual estaria, certamente, disposto a defender até ao fim. Os nossos Superiores têm-nos ensinado também que somos Igreja, um ramo desta magnífica Árvore divina, chamados a uma especial acção com um especial e bonito carisma: cuidar da juventude, sobretudo a mais necessitada.

Sim! Certamente já todos temos conhecimento destas realidades e, se agora são recordadas, é mais para aprofundar as consequências que daí derivam. Gostaria de salientar alguma para ser evidenciada, com simplicidade, por cada um de nós: A Unidade. “Creio na Igreja una santa, católica e apostólica “ – diz o nosso Credo. No mundo de hoje é preciso dar a cara por esta Igreja, Mãe pobre e pecadora em muitos dos seus filhos, mas santa no Seu Fundador, cheia de graças a distribuir, manancial de santidade para os filhos que A amam. E dar a cara pode significar trabalhar em unidade, na laboriosa actividade apostólica de todos os dias, conforme as nossas posses. Um grande trabalho apostólico ou uma pastoral bem programada nada valem se não forem feitos em unidade com os nossos superiores e segundo as directivas da Igreja e da nossa Congregação. É hora de rever, de avaliar para começar a projectar: há novos desafios, novas metas a alcançar. Procuremos fazê-lo unidos à Igreja através dos nossos superiores que nos garantem a beleza e a riqueza do carisma salesiano. Assim seremos uma força, uma vida em acção junto dos jovens, com os jovens e para os jovens.

P. Joaquim Taveira da Fonseca | DNFS