Se a vida fosse uma peça de teatro seria tão simples sermos livres!
Aprenderíamos a comunicar, não apenas por palavras, mas principalmente através de uma linguagem não-verbal.
Teríamos oportunidade de colocar a vida em pausa, para refletir sobre o passado e para ousar ensaiar novos caminhos para o futuro.
Poderíamos, de forma natural, colocarmo-nos no papel dos outros e compreender o que os leva a tomar certas atitudes.
Teríamos oportunidade de expressar os nossos sentimentos, mais profundos, sem receio de mostrar as nossas fragilidades. Poderíamos chorar e rir ao mesmo tempo, sem parecermos loucos, apenas humanos.
Poderíamos abordar temas sérios, com a leveza do “faz de conta”.
Teríamos o poder de, num estalar de dedos, ativar a magia do teatro, eliminando personagens, despertando os sentidos, um de cada vez, e manifestando o talento, tantas vezes oculto.
Se a vida fosse uma peça de teatro teríamos a possibilidade de ser protagonistas do nosso destino, pois mesmo seguindo um guião poderíamos sempre improvisar, ser originais, únicos.
Se a vida fosse uma peça poderíamos ter a doçura da “Carminho”, ser atrevidas como a “Jéssica”, possuir a capacidade de escuta do “Alberto” e ter a popularidade do “Tiago”, que são personagens de um teatro bem real a que assisti. Poderíamos ser tudo o que quiséssemos e os sonhos não caberiam, certamente, no chão de um palco!
Graça Borges, sscc
Vila Nova de Gaia, 8 de janeiro de 2023