Num abrir e fechar de olhos deixámos para trás o mês de maio.
Já abril se tinha evaporado de forma acelerada, com a maioria de nós ainda a gerir e a digerir o recente confinamento e a adaptar-se a uma nova realidade que o vírus maldito, há pouco nos tinha trazido.
Ainda com as imagens do Papa Francisco, a rezar sozinho na Praça de São Pedro durante o Tríudo Pascal, bem presentes, dei por mim a imaginar como ia ser o mês de maio. Um mês em que a igreja católica celebra de forma muito especial Maria, e que para nós, Família Salesiana, é ainda mais especial, com a Peregrinação Nacional a Fátima e as celebrações de Maria Auxiliadora ou pouco por todo o país.
Adivinhava-se desde logo um registo tristonho e desolador, com o Santuário previsivelmente “vazio” nas celebrações do 13 de maio, com a Peregrinação da Família Salesiana cancelada, e com a proibição de celebrarmos como estamos habituados a fazer, a nossa Mãe Auxiliadora… Aquela que tudo fez!
Muitos, por sinal até alguns que nem andam “dentro do convento” começaram a vaticinar que o povo ia perder a fé e que a Igreja estava perdida, ou pelo menos ferida de morte. Mas se Cristo ressuscitou, porque não haveríamos todos nós também… de nos reinventar.
Um pouco por todo o lado, congregações e paróquias, padres e irmãs, movimentos laicos e de jovens, famílias e amigos, souberam adaptar-se e encontrar formas diferentes de viver a fé e ser COMUNIDADE.
Zoom, facebook, instagram, whatsapp, lives e streaming, são palavras que passaram a fazer parte do léxico de muitos de nós, não só a nível profissional ou em plano de lazer, mas também como forma de partilhar e viver a fé.
Bem sei que poucas coisas se comparam a uma procissão de velas em pleno recinto do Santuário de Fátima, numa noite de 12 de maio, rodeado de dezenas de milhares de irmãos. Não nego, que descer da Cruz Alta para a Capelinha das Aparições, entre bandeiras e estandartes dos diferentes grupos da Família Salesiana para saudar a Senhora de Fátima, é um tónico para a alma.
Mas, estaria a ser injusto se não testemunhasse de viva voz, que o terço rezado online no passado dia 12 de maio, com a minha comunidade local de Manique, me encheu exatamente da mesma maneira a alma.
Às vezes, caímos na tentação de avaliar a fé em função da dimensão da sua manifestação: “o santuário cheio”, a “igreja a rebentar pelas costuras”, etc., mas, a medida de Deus é diferente, e se bem me recordo, em Mt 18,20 Jesus diz-nos isso de forma clara: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles”… até online no ecrã de um computador!
P.S. – Quando lerem estas linhas, já estaremos em pleno mês de junho, e alguns de nós já pudemos celebrar o Pentecostes presencialmente. Cabe-nos nesta fase dar graças pela possibilidade do reencontro, mas acima de tudo, regressar cumprindo todas as regras definidas pela DGS e pela Conferência Episcopal, por nós… e pelos outros!
Celso Neto Nogueira
Presidente da Federação Portuguesa dos Antigos Alunos de Dom Bosco
EuroBosco 2020 cancelado
Como consequência da pandemia que atravessamos, a Confederação Mundial dos Antigos Alunos de D. Bosco, decidiu cancelar o EuroBosco 2020, que decorreria de 25 a 28 de junho.
A edição deste ano, em que se celebram os 150 anos do movimento de Antigos Alunos, o encontro europeu iria realizar-se em Valdocco, onde pela primeira vez, um grupo de Antigos Alunos se deslocou para agradecer a D. Bosco a educação recebida.
Encontro Nacional do Antigo Aluno 2020 suspenso
Também o encontro nacional de Antigos Alunos deste ano está suspenso.
Agendado para Mogofores, nos dias 25 e 26 de setembro, fica para já suspenso, face à conjuntura que vivemos. Oportunamente decidirá a Federação Portuguesa sobre o seu reegendamento ou cancelamento definitivo, sempre tendo como prioridade a saúde e o bem estar de todos.
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