Devido às dolorosas circunstâncias que todos nós vivemos, as palavras que aqui queria deixar têm forçosamente que tocar neste tema. Fá-lo-ei com a esperança que me anima e com a certeza de que a Nossa Senhora de D. Bosco, a especial Mãe dos filhos da Família Salesiana, vai dar sentido ao nome por que é conhecida, venerada e invocada: Auxiliadora!
A história dos homens também é feita de momentos tristes, criação da sua inconsciência e também da sua maldade e pecado. São momentos que variam no seu grau de dramaticidade e de dor, de medo e de morte. Este é, certamente, dos mais dramáticos da história humana. No entanto, Deus nunca está ausente e, como aconteceu no paraíso bíblico, procura o Seu filho Adão nu de felicidade e irremediavelmente auto condenado a si mesmo e à sua incapacidade de remediar as futuras consequências do seu pecado. Deus ainda continua a procurar o homem para o salvar. Tem-se servido de muitas formas de o fazer, a mais poderosa e eficaz é recorrer ao amor misericordioso de Jesus, Seu Filho, e ao carinhoso e eficaz amor de Sua Mãe Santíssima.
D. Bosco percebeu bem a eficácia destes dois amores que se complementam. Compreendeu que, onde está Jesus, está também a Sua Mãe. E que a junção destes dois amores ajuda a todos nós, ricos e pobres de cultura religiosa, porque nos proporciona o ir até Jesus através do amoroso acolhimento que Maria nos faz. A Jesus, o centro da nossa fé, através de Maria! D. Bosco sabia isso e, usando um título mariano apropriado, mas bastante esquecido, chamou-o à evidência e fê-lo mais conhecido, dando Nossa Senhora Auxiliadora, a Sua Nossa Senhora, como Mãe dos seus filhos. Mas não se ficou por aqui: incitou-os a invocá-lA, a ter tal confiança n’Ela que incitou a eles e todos incitou a pedir-Lhe milagres: “Amai Nossa Senhora Auxiliadora e vereis o que são milagres”! A sua vida foi um testemunho claríssimo desta verdade.
Estamos neste momento difícil e doloroso das nossas vidas. Todos sofremos com a dor e com a morte dos nossos numerosos irmãos. Ao de cima já veio, e continua a vir, o melhor de quem luta arduamente por extirpar todos os efeitos maléficos desta calamidade. Surgiu-me, no entanto, esta pergunta pessoal: “ Acredito verdadeiramente na promessa – desafio de S. João Bosco: “ Amai Nossa Senhora Auxiliadora e vereis o que são milagres? ”Fixo-me em dois verbos: Amai e vereis”. E proponho-me acreditar, de facto, no meu querido Pai S. João Bosco. Também hei-de ver os milagres da querida Mãe Auxiliadora. Vou amar mais e rezar-Lhe com toda a confiança.
Maria José Barroso
Coordenadora Provincial ASC