Os Retiros Quaresmais e o Retiro da Vida! | FMA

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No passado dia 11 de Março tivemos aqui na Chainça o Retiro da Família Salesiana em que participaram 34 pessoas, sendo 28 ADMA, 2 FMA e 4 aspirantes a ADMA. O Sr. Pe. Taveira orientou de tal maneira que o clima de recolhimento foi notório sem deixar de se manifestar, na hora certa, a familiaridade que a todos une.

O Tema da família como lugar de encontro com o Deus da misericórdia foi convincente e prático.

E o tempo de oração e de reconciliação muito ajudou a fazer deste dia uma experiência de Deus excecional, profunda e marcante, usando palavras dos participantes.

Esta experiência há de recordar-nos que esta família que somos chamados a construir não é só adentro das paredes da minha casa, mas em diversos contextos. Também entre a nossa vizinhança.

Apresento-vos um caso bem dramático que acaba de acontecer aqui na Chainça- Abrantes.

Hoje mesmo, 28 de março, um pai optou pela sua morte e deixou a sua esposa e filha adolescente na mesma miséria em que ele vivia. É um facto real. Esta mãe e filha estão mesmo na penúria. O funeral vai ser completamente dependente da solidariedade.

Como ver este acontecimento à luz da paixão, morte e ressurreição de Jesus que estamos para celebrar? Foi preciso este acontecimento para os vizinhos se aperceberem da realidade desta família?

Por vezes, vivemos lado a lado com quem sofre muito e andamos de consciência tranquila porque ninguém nos pediu ajuda. E até lamentamos vidas desregradas, mas nada fazemos.

E o nosso 6º sentido, não existe? Como funciona efetivamente este 6º sentido? Talvez só quando temos as antenas ligadas ao Espírito Santo conseguimos detetar necessidades não expressas.

Este acontecimento fez-me tomar consciência de que somos muito mais responsáveis uns pelos outros do que pensamos. E… se não agimos em vida, temos que agir na hora da desgraça. Vale mais prevenir!…. Darmos atenção a situações …. Procurarmos juntos soluções…. Não basta dar uns conselhos pessoais. É necessário unir forças, como dizia S. João Bosco. Trata-se de nunca dizer como Caim: “Sou porventura guarda do meu irmão!?” Efetivamente somos guardas uns dos outros. Estejam as nossas antenas bem sintonizadas com o Espírito de Deus que atua na unidade de esforços e a força de Cristo Ressuscitado manifestar-se-á na nossa vida e à nossa volta.

Ir. Mª Fernanda Afonso
Delegada Nacional FS