Venho partilhar convosco o meu percurso familiar e pessoal. Completo 68 anos de idade em 2017 e recordo que, desde pequena, sempre vi a minha mãe rezar nas tristezas e nas alegrias da vida. A certa altura, ainda na adolescência, o meu pai começou a ajudar na Paróquia de S. José, em Setúbal, em diversos trabalhos (a capela era onde agora é o salão de catequese e casa mortuária).
A minha irmã mais nova que eu 5 anos estava integrada no grupo de jovens da Paróquia. A pouco e pouco chegou a minha vez de entender o chamamento e comecei por cantar no coro Paroquial, e depois iniciei a minha preparação de catequista fiz parte de diversas formações de catequeses infantis, para adolescentes, até que na Diocese teve início a Experiência da Catequese para Adultos. O método escolhido foi o Caminho de Emaús, uma experiência muito rica. Na minha formação estiveram os Srs. Padres Rui Rosmaninho, Lobato e Álvaro Teixeira (já falecido). As reuniões de grupo nas Paróquias e os encontros eram semanais.
Esta experiência durou cerca de 10 anos mais ou menos, mas a vida dá muitas voltas e eu precisei de trabalhar; com três filhas era muito complicado manter o ritmo de formação e preparação das catequeses, e aos fins-de-semana estar disponível para os encontros …
Houve então uma paragem na minha caminhada de catequista.
Como as minhas sobrinhas eram alunas da escola na Casa de Santa Ana e eu conhecia a casa porque a minha filha mais velha fez lá a fase Pré-escolar, comecei a sentir falta de mais alguma coisa dentro de mim. Frequentava a Eucaristia mas não era suficiente até que a Ir. Laurinda Cabral me convidou para um projeto que iria chamar-se ADMA (Associação de Maria Auxiliadora). Em boa hora disse sim, as expectativas eram muitas, começou com um grupo grande no ano 2009/2010. Foi esse o início, rezávamos, cantávamos, partilhávamos …Tudo com e por Maria.
Mais tarde a Ir. Laurinda foi transferida de casa, e o grupo ADMA começou a ser animado pela Ir. Áurea Fontes. Se tínhamos saudades da Irmã que partiu e não a esquecemos, Nossa Senhora compensou-nos com a vinda da Ir. Áurea muito disponível, amiga, com catequeses muito bem preparadas, tudo em nome de Nossa Senhora que nos reúne e nos auxilia. Muito mais teria para dizer mas fico-me por aqui. Esta é a minha experiência familiar e pessoal.
Sem a Mãe Auxiliadora jamais poderia viver! Ela é o meu amparo e a minha força. Claro que compreendi que, pertencer ao grupo eleito do ADMA, é pertencer a uma grande Família, com muitos ramos todos pertencentes ao mesmo carisma, o de S. João Bosco e de Sta. Maria Mazzarello. Estamos inseridos na Igreja de Jesus Cristo que conta connosco e a quem amamos como Mãe.
Leontina Camalhão, ADMA Setúbal