Testemunho de Família – Deolinda Santos (SSCC Porto)

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Chamo-me Deolinda Santos e sou Salesiana Cooperadora nos Salesianos do Porto. 
Nasci em Oliveira do Douro, na margem Sul do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, mesmo em frente ao que durante a adolescência chamávamos de “Monte do Seminário” (que era na realidade o, agora, Salesianos do Porto). Naquela altura, não sabia quem eram os salesianos e muito menos adivinhava que iria lá parar anos mais tarde.

Casei e vim morar exatamente para muito perto dos Salesianos. Sendo próximo de casa e tendo o meu marido frequentado o Colégio, decidimos que o nosso filho também iria para os Salesianos, tanto o Colégio como o Centro Juvenil. 
Numa eucaristia dominical, tomei conhecimento do grupo de Catequese de adultos, do qual faço parte há já vinte anos. 

Entretanto, tive oportunidade de vir trabalhar para o Colégio como funcionária de limpeza. Este cargo permitiu-me estar muitas vezes em contacto com as crianças, falando com elas, chamando-as à atenção, dando-lhes conselhos: sem o saber, já o meu coração era todo ele salesiano!

Mais tarde, fiz a formação e a promessa de Salesiana Cooperadora. Vivo esta vocação com o compromisso de acolher familiarmente os jovens e de os ajudar. No seu tempo, Dom Bosco cativava-os com amabilidade, o dom da sua palavra e dando-lhes o básico – casa, comida e educação. Hoje, a fome dos nossos jovens é outra: é fome de valores, fé e afeto familiar. E é isto que eu procuro dar-lhes.  

Seguindo a minha caminhada, fui convidada a ‘dar’ catequese: fi-lo durante seis anos. Mas como a vida nem sempre é como nós queremos, tive de deixar a catequese porque tive que passar a cuidar da minha sogra. Fiquei triste porque gostava muito de dar catequese e, também, porque ela sofre de uma doença que torna mais difícil cuidar dela. Nesta decisão, agarrei-me (e continuo a agarrar-me) ao episódio em que a Mãe Margarida, já cansada, pede ao seu filho que a deixe regressar aos Becchi. Dom Bosco, sem dizer palavra, aponta para o crucifixo da parede. Ela entende que também ela, como Jesus, não deve abandonar a sua cruz. Este cuidar da minha sogra vivo-o como uma parte da minha vocação salesiana.  

Hoje, sou vigilante no pré-escolar no Colégio e aí continuo a evangelizar as crianças porque lhes ensino a rezar no intervalo de almoço, que eles apreciam e até, nalguns casos, ensinam em casa os pais a rezar também.   

Por todas estas coisas e muitas mais, sou feliz e grata a Deus por me ter chamado a ser Salesiana Cooperadora.

Deolinda Santos, sscc Porto