Páscoa! O valor da alegria salesiana! – FMA

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Páscoa! O valor da alegria salesiana!

Estamos na Páscoa!

É mais uma Páscoa na nossa vida! Será simplesmente mais uma? Então não é certamente a Páscoa de Cristo! Ou será “Aquela Páscoa 2016!” que mais tarde recordaremos? De nós depende! Pois Deus é sempre novidade.

A sua Palavra é renovada em cada dia!

Falar de Páscoa é falar de alegria. Aquela profunda! Aquela alegria que vem do interior! Do encontro com o Senhor Ressuscitado!

Na nossa espiritualidade salesiana, a alegria tem um lugar especial.

Vivamos na alegria, porque:

* temos a certeza que somos muito amados por Deus,

* estamos continuamente na sua presença;

* nos invade a energia vital de Cristo Ressuscitado;

* acolhemos a Boa Notícia de seu perdão;

* nos sabemos possuídos pelo Seu Espírito;

* queremos ser imitadores de Maria, que canta “Magnificat” ao Senhor.

Esta alegria, antes de ser um método pedagógico, é uma forma de vida e uma convicção de fé que brota do Evangelho e que, naturalmente, se transmite aos outros. Deste modo oferecemos a todos o maior presente pascal que o mundo de hoje tanto precisa: a alegria.

A carta de Identidade Carismática da Família salesiana dedica à alegria o artigo 33 sobre “Otimismo e alegria na esperança” onde a palavra “alegria” aparece 16 vezes.

O Artigo 17 sobre “Serviço ao Evangelho” aponta-nos o significado de uma alegria profunda. É um dos sinais de um coração que vive na “plenitude da vida” e, desse modo, chama todos os outros a viver na “plenitude da vida” segundo o exemplo e o ensinamento de Jesus de Nazaré.

O Art.º 33 mostra-nos com «em Jesus de Nazaré Deus se revelou como o «Deus da alegria» e como o Evangelho é uma “alegre notícia”».

E explicita: «Trata-se de um dom não superficial mas profundo porque a alegria, mais que um sentimento efémero, é uma energia interior que resiste mesmo às dificuldades da vida

Recordando S. Paulo (2Cor 7,4), afirma que «a alegria que sentimos na terra é um dom pascal, antecipação da alegria plena de que gozaremos na eternidade

Passa em seguida à leitura da vida de D. Bosco e do seu estilo e obras educativas à luz desta alegria pascal: «Dom Bosco intuiu o desejo de felicidade presente nos jovens e exprimiu a sua alegria de viver nas linguagens da alegria, do pátio e da festa; mas nunca deixou de apontar Deus como fonte da alegria verdadeira. (…) E a sua insistência no “prémio do paraíso” projetava as alegrias da vida presente na perspetiva do cumprimento e da plenitude

E continua o artigo 33 da CICFS indicando como há-de viver de alegria um membro da Família Salesiana, em qualquer dos seus grupos, no seguimento de D. Bosco. Aponta três atitudes fundamentais:

1. A confiança na vitória do bem: «Em cada jovem, mesmo no mais infeliz – escreve D. Bosco – há um ponto acessível ao bem; o primeiro dever do educador consiste em procurar esse ponto, essa corda sensível do coração, e tirar proveito dela».

2. O apreço pelos valores humanos: O discípulo/a de D. Bosco acolhe os valores do mundo e recusa lamentar-se do seu tempo; guarda tudo o que é bom, especialmente se for do agrado dos jovens e das pessoas.

3. A educação para as alegrias quotidianas: é necessário um paciente esforço de educação para aprender, ou reaprender, a apreciar, com simplicidade, as múltiplas alegrias humanas que o Criador coloca diariamente no nosso caminho.

E termina este artigo 33, dizendo: “Porque se confia totalmente ao «Deus da alegria» e testemunha por obras e palavras o «Evangelho da alegria», o discípulo e a discípula de D. Bosco estão sempre alegres. Difundem esta alegria e sabem educar para a alegria da vida cristã e para o sentido da festa, recordando o apelo de S. Paulo: «Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: alegrai-vos!» (Fil 4,4).”

Recordo também, a nossa Co-fundadora, Santa Maria Domingas Mazzarello, que viveu a alegria pascal de uma forma contagiante. Para ela o facto de arriscar a vida por Deus, pelo bem das jovens, era já motivo de alegria. Vivia e promovia a alegria de quem se nutre da Eucaristia e de quem reconhece no Sacramento da Reconciliação uma fonte segura de recuperação dessa alegria.

Assim se lê numa das suas biografias: “Ela, mais que qualquer outra, empenhou-se naquele tipo de alegria que brota da prática de quanto D. Bosco lhes tinha recomendado: um amor humilde pronto a qualquer sacrifício para educar as jovens.”

As pessoas que nos rodeiam, nos tempos que correm, precisam da nossa alegria salesiana pela qual se sentem acolhidas pessoalmente e motivadas a procurar a fonte dessa alegria permanente!

Santo Tempo Pascal!

Ir. Mª Fernanda Rosa Afonso
Delegada Nacional da Família Salesiana