S. João Bosco pensou, logo desde o início, em associar leigos e religiosos à sua missão juvenil. Trata-se de uma “história” que remonta aos primeiros passos da obra salesiana, em 1841, quando Dom Bosco, jovem sacerdote, começou a recolher jovens pobres (MB XI, 84).
O que ele, de facto, pretendia, era fundar uma sociedade cujos membros partilhassem o mesmo projeto, uns como membros externos (leigos vivendo no mundo) e outros como membros internos (religiosos consagrados vivendo em comunidade). Depois de muitas tentativas para realizar o projeto inicial, fundou dois ramos distintos: os salesianos consagrados (1859) e a Associação dos Cooperadores Salesianos (1876), aos quais deu um regulamento específico com um título já por si elucidativo: Cooperadores Salesianos, ou seja, um modo prático de fazer o bem na defesa dos bons costumes e ao serviço da sociedade civil.
No dia 9 de maio de 1876, o Papa Pio IX aprova a “União dos Cooperadores Salesianos”, com personalidade jurídica autónoma.
O cooperador salesiano responde a uma verdadeira “vocação”, aberta a toda e qualquer condição cultural e social. É um verdadeiro salesiano no mundo. Vive a sua fé inspirando-se no projeto apostólico de Dom Bosco e participando na mesma missão juvenil e popular. A sua ação exerce-se, sobretudo, na família, nas estruturas civis, culturais, sociopolíticas e económicas; nas estruturas eclesiais, enquadradas nas obras dos salesianos e salesianas, e outras sob formas diversas. Através do empenho apostólico, o cooperador salesiano procura realizar, na sua vida, a santidade evangélica.
Em Portugal, os Salesianos Cooperadores estão presentes em quase todas as obras dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora.